Defensoria Pública de Alagoas, Sesau e Secria apresentam proposta de fluxo para cirurgias de traqueostomia infantil

 

Audiência Pública também fez os encaminhamentos para resolver os casos da atual lista de espera

 

Durante audiência pública promovida pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), conduzida pelo defensor público Fabrício Leão Souto nesta quinta-feira, 30, as secretarias de Estado da Saúde (Sesau) e Extraordinária da Primeira Infância (Secria) se comprometeram a apresentar, em até 60 dias, um programa de ações de política pública de saúde para as crianças traqueostomizadas. Ficou também estabelecido prazo para a conclusão das informações até a próxima terça-feira, 03/04, e na sequência a efetiva resolução dos casos das crianças na atual lista de espera de procedimentos.

 

“Detectamos essa demanda e começamos a atuar extrajudicialmente. Demos início a um diálogo construtivo com a Sesau e a Secria para viabilizar um programa de ações, com fluxo e cronograma, para atender essas crianças. Essa política pública vai literalmente permitir que essas crianças possam respirar, devolvendo-lhes a possibilidade de autonomia, delas e de suas famílias, e um desenvolvimento saudável”, explicou o defensor público Fabrício Souto.

 

A reunião de hoje dá continuidade à anterior, visando dar um retorno e apresentação de proposta para a estruturação de uma linha de cuidados, com fluxograma, responsáveis, equipamentos. Segundo o médico Wander Mattos Cardoso, o plano em construção pretende reverter um quadro negativo em algo positivo para os pacientes, com proposições reais.

 

“Tenho muita esperança que tudo que foi apresentado aqui seja estudado para viabilizar algo que, com certeza, mudará a vida de muitas crianças. Saio com esperança de um bom resultado”, destacou Wander Cardoso.

 

Para o representante da Sesau, Leonardo Vieira, a nova política pública poderá trazer maior qualidade de vida para as crianças e suas famílias. 

 

“Temos aqui uma causa de grande relevância. É sempre importante pensar em como melhorar a assistência para as crianças e, em contraponto a isso, evitarmos que a judicialização aconteça. A gente deve tentar de forma programada e estruturada diminuir os custos e, ao mesmo tempo, melhorar o serviço que a Sesau tem prestado nessa área”.

 

A reunião contou com a presença do assessor jurídico da Secria, Phelipe Gabriel Clementino Vargas; os membros da Sesau, Bárbara Santos Mota de Deus, Leonardo Lopes de Azeredo Vieira, Maria Aparecida França da Silva; e o médico expositor Wander Mattos Cardoso.