A Defensoria Pública do Estado recebeu uma visita especial na manhã de hoje. O assistido Everton Benedito Pontes veio até o órgão agradecer o apoio dos defensores e mostrar que está se recuperando bem da cirurgia ortopédica que foi submetido depois de intervenção da Defensoria Pública do Estado de Alagoas. Ele buscava a intervenção cirúrgica há mais de um ano.
“A cirurgia me devolveu confiança e a esperança de cura. Tenho muito a agradecer. Primeiramente a Deus, depois a todos da Defensoria, pois se não fosse o apoio de todos do órgão eu teria desistido. Houveram momentos em que pensei que seria melhor desistir e pedir a amputação da minha perna, mas o defensor Ricardo e a defensora Karine Gonçalves que me acompanham e não desistiram e isso me deu confiança de continuar lutando”, informou o trabalhador.
Além da primeira operação, Everton deve voltar ao Hospital de Traumatologia, que fica no Rio de Janeiro, em novembro deste ano, para uma revisão. Ele deve passar ainda por outras duas cirurgias, para remoção do osso e refazer a articulação da perna. “Ainda há muita luta pela frente, são pelo menos mais duas cirurgias e muita fisioterapia. Tenho confiança que dessa vez não será necessário nenhuma batalha judicial. Acredito que minha história é um exemplo, temos de lutar pelos nossos direitos, pagamos nossos impostos e temos direito de recorrer e ser bem tratados na saúde e em qualquer outra instituição pública, pontuou.
Entenda o caso
Há dois anos e meio, Everton sofreu uma fratura exposta na perna em decorrência de um acidente doméstico. Ele passou por diversos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e diversos médicos. Após uma série de inflamações, e sentindo dores constantes, foi diagnosticado com Pseudoartrose na perna, sendo recomendada a remoção óssea, procedimento que teria de ser realizado fora do estado, visto que em Alagoas não existe especialista na área.
Depois de buscar a cirurgia via SUS e não conseguir, o ex-taxista veio a Defensoria Pública do Estado, que judicializou a causa depois de não conseguir através de medidas extrajudiciais. De acordo com a decisão judicial, proferida pelo juiz Geraldo Tenório Silveira Júnior, em 17 de novembro de 2015, o ente ete público tinha cinco dias depois da intimação para cumprir a ordem. A decisão foi descumprida e a Defensoria voltou a atuar no caso pedindo o bloqueio das contas a fim de garantir a realização da cirurgia, visto que o retardamento na realização do procedimento poderia provocar a amputação da perna do paciente.