Representando paciente que teve dedo amputado por falta de atendimento adequado, Defensoria Pública ingressa com ação contra Rede HapVida

 
 
O atendimento inadequado dispensado a um paciente com diabetes levou a Defensoria Pública a ingressar com pedido de indenização por danos morais e estéticos contra a clínica Ultra Som Serviços Médicos Ltda. e a Rede da HapVida. 
 
 
Segundo relatos do paciente, o hospital não adotou o procedimento adequado nos primeiros atendimentos médicos, o que resultou em meses de dor e na amputação do dedo.
 
 
No começo deste ano, o paciente V.S.C, de 40 anos, procurou uma  das clinicas da rede HapVida, plano do qual é beneficiário há mais de 2 anos, se queixando  de fortes dores provocadas por um ferimento no dedo do pé, mas não foi atendido por um especialista, nem passou por exames, tendo recebido, apenas, a atenção de clínico geral, que lhe passou um tratamento paliativo.
 
 
Devido à falta de orientação adequada, o paciente viu seu quadro piorar, e só conseguiu recepção especializada quando não havia mais alternativas de tratamento, se não, a amputação do dedo. 
 
 
Ainda segundo o paciente, o procedimento teria sido realizado depois que ele informou ao hospital que pretendia procurar seus direitos na justiça. 
 
 
Para a defensora pública do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), Norma Suely Negrão, a conduta negligente adotada pelo plano de saúde causou dano irreparável à vida e à saúde do paciente. 
 
 
“Quando contratou o seu plano  de  saúde,  o  paciente acreditava  que estava fazendo para assegurar uma boa assistência médica e para se resguardar de eventuais riscos à sua saúde, mas não foi o que ocorreu no fim das contas. Uma  vez  que  este  experimentou    um  constrangimento indevido e desnecessário, decorrente da irresponsabilidade e da negligência das empresas promovidas, que,  mesmo  tendo recebido  o  valor  referente  ao  plano  de  saúde,  deixou  de prestar serviço de atendimento quanto se fez necessário”, apontou a defensora.
 
 
Na ação, a Defensoria Pública pediu indenização no valor de R$ 25 mil por danos morais e R$ 25 mil por danos estéticos. O processo está em tramitação na 6ª Vara Cível da Capital.