Pacientes denunciaram à Defensoria que os atendimentos oncológicos no Complexo Hospitalar Manoel André e as cirurgias gerais no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho estão suspensas
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas oficiou ao gestor da Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau), Gustavo Pontes de Miranda, nessa terça-feira, 07, cobrando informações e a adoção de providências, em até 48h, sobre a suspensão dos atendimentos oncológicos no Complexo Hospitalar Manoel André e a paralisação das cirurgias gerais no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, ambos localizados no município de Arapiraca.
No ofício, a Defensora Pública Bruna Cavalcante questionou à Sesau se existe plano de ação do estado de Alagoas para resolução do problema e, em caso positivo, quando foi celebrado o acordo entre o hospitais e o estado de Alagoas. Bruna também solicitou a previsão de retorno da prestação dos serviços, bem como a informação de quais são os hospitais responsáveis pelo atendimento aos pacientes dos setores que se encontram paralisados e como está sendo realizada a gestão da demanda.
A solicitação aconteceu após denúncias feitas por pacientes à Instituição, nesta semana, informando sobre a suspensão dos atendimentos e a ausência de perspectiva para o retorno.
Conforme informações divulgadas pela imprensa, o motivo para a suspensão seria o atraso nos repasses feitos pelo Estado, para a manutenção dos serviços de alta complexidade dos hospitais localizados no Agreste Alagoano, que levou o Hospital Chama a suspender parcialmente os atendimentos da oncologia, nesta semana, e o Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho a paralisar todas as cirurgias gerais.
“O direito à saúde faz parte de um conjunto de direitos que têm como base a dignidade humana e a igualdade entre as pessoas e independe da condição financeira de quem possa usufruir dos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O princípio norteador do direito à saúde é a integralidade da assistência. Percebe-se que a paralisação dos mencionados serviços vem causando verdadeiro caos na saúde pública dos munícipes de Arapiraca e de mais 45 cidades cincunvizinhas, atendidos nas referidas unidades”, expôs a Defensora.