Defensoria Pública, Sesau e Hospital do Agreste discutem medidas para aumentar doação de órgãos em Alagoas

 

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), em Arapiraca, se reuniu com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), do Hospital de Emergência do Agreste (HE), do Centro Universitário Regional do Brasil (Unirb) e da Central de Transplantes de Alagoas (CET) nesta semana, com o intuito de discutir estratégias para aumentar a doação de órgãos dentro da unidade de saúde.

 

Para a Defensora Pública do Núcleo da Saúde e da Tutela Coletiva em Arapiraca, Bruna Cavalcante Pais, o momento serviu para identificar alguns problemas e possíveis soluções.

 

'Identificamos a ausência de materiais importantes para a realização da constatação de morte encefálica e a dificuldade enfrentada pela equipe médica para conversar com as famílias, devido à falta de estrutura física e de recursos humanos. São demandas sobre as quais a Defensoria Pública pode intervir. Vamos fazer uma visita ao hospital nos próximos dias e solicitar uma lista detalhada desses materiais', explica.

 

Baixo índice de doação

 

O baixo índice de transplantes múltiplos de órgãos foi constatado pela Instituição no início deste ano, durante sua atuação relacionada ao atendimento de pacientes renais. Conforme dados da CET, Alagoas registrou somente 7 casos de doações múltiplas de órgãos em 2023. Mais de 500 pessoas aguardam na fila por doação de órgãos no estado e outras centenas inscritas em listas de outros estados.

 

A fim de solucionar o problema, a Defensoria Pública tem atuado junto às secretarias de saúde, CET e realizado visitas nos quatro maiores hospitais do estado – Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Metropolitano (HM), Hospital de Emergência do Agreste (HE) e Santa Casa de Misericórdia – com o propósito de promover a conscientização sobre a doação de órgãos e avaliar os motivos que levam à baixa captação.

 

De acordo com o Defensor Público Lucas Valença, 'a Defensoria Pública tem atuado e atuará em diversas frentes para aumentar a doação de órgãos no Estado, pois está claro que não há trabalho mais importante do que o da luta pela vida', disse.