Defensoria no Cárcere realiza etapa de atendimento no Presídio do Agreste

569 presos que se encontram recolhidos no Presídio do Agreste, situado no município de Girau do Ponciano, foram atendidos por defensores públicos durante a etapa do Programa “Defensoria no Cárcere”, realizada nesta semana. 

 

Para o defensor público geral do Estado, Ricardo Melro, que acompanhou de perto os trabalhos realizados pela comissão composta por 12 defensores públicos, assessores jurídicos e estagiários, além de advogados e estagiários da empresa Reviver que atuam na unidade prisional, os dois primeiros dias resultaram em centenas de movimentações processuais e um saldo bastante positivo ao trabalho da Defensoria Pública. “Diversas situações foram identificadas graças à atuação da Defensoria Pública dentro dos presídios, que acontece de forma ininterrupta”, informou Ricardo.

 

De acordo com a coordenadora do Programa Defensoria no Cárcere, a defensora pública Andrea Tonin, em menos de 48 horas, os defensores públicos constataram cinco casos de presos com alvará de soltura que foram liberados, e oito com direito adquirido ou próximo à progressão de regime, para os quais os defensores iniciaram os procedimentos para a transição ao regime semiaberto. A força-tarefa encontrou, ainda, casos de possível revisão criminal, situações em que, no entendimento da Defensoria Pública, a pena determinada ao preso está além do limite razoável.

 

“Cada ação como esta já se justifica somente pelo fato de encontrarmos um preso com direito à liberdade. Quando as ações se potencializam na reanálise dos processos, revisão das condenações e agilidade nas providências para definir a situação jurídica dos presos, restabelecemos a confiança na justiça e nas instituições”, pontuou a defensora pública Andrea Carla Tonin, que também é coordenadora do Núcleo de acompanhamento da Execução Penal e Prisões Provisórias. 

 

Para o defensor público e coordenador da 2ª Coordenadoria Regional – Metropolitana do Agreste, o defensor público André Chalub, a Defensoria Pública busca cumprir, mais uma vez, sua missão e assegurar o direito à liberdade daqueles que estavam injustamente presos. “A presença da Defensoria dentro do Sistema Prisional é essencial para assegurar que esse sistema de justiça celetista que existe no País possa ser superado”, disse. 

 

A instituição estabeleceu um cronograma para que além do Presídio do Agreste, todas as unidades prisionais de Alagoas serão visitadas pela Defensoria Pública. 

 

O Programa Defensoria no Cárcere é um projeto da Defensoria Pública foi criado no ano de 2015 com o objetivo de incrementar a atuação institucional dentro do Sistema Prisional Alagoano, levando  melhores condições de dignidade no cumprimento da pena e consequentemente a paz dentro do ambiente carcerário. Mais de cinco mil reeducandos já foram atendidos desde a criação do programa.