A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), através dos Defensores Públicos Ricardo Melro e Fernando Rebouças, obteve, nesta sexta-feira, a liminar determinando que a Braskem restabeleça o auxílio aluguel para a idosa de 80 anos, Judite Cavalcante de Lima, vítima da tragédia ambiental gerada pela empresa na capital alagoana.
Devido ao afundamento do solo gerado pela Braskem, a assistida teve que deixar a residência em que viveu por 40 anos, passando a morar em uma residência alugada, pago com o auxílio aluguel repassado pela mineradora, enquanto as negociações relacionadas às indenizações eram realizadas.
No entanto, a mineradora cortou o auxílio antes da conclusão do acordo e do pagamento por danos materiais serem finalizados, deixando a cidadã, mais uma vez, sem moradia.
Inicialmente, o Defensor Público Ricardo Antunes Melro buscou resolver a situação de forma administrativa, mas a empresa não aceitou negociar, o que levou os Defensores Públicos a acionar a justiça, no último mês de julho.
“É um caso emblemático que mostra o mundo real. Não o mundo das propagandas. Dona Judite é aquela senhora de 80 anos, com filho especial. Avisamos a todos, de público, inclusive na imprensa, ao rebater nota da Braskem, que ela estava mentindo e totalmente errada. Ato desumano! A Braskem foi devidamente avisada sobre a situação e notificada para comparecer na Defensoria Pública do Estado de Alagoas para resolver o grave problema que causou, mas sua arrogância e prepotência prevaleceram e se recusou a ir. Disse que não se deslocava para resolver seus problemas e afirmou que não devia nada a Dona Judite”, expôs o Defensor Público Ricardo Melro.