A pedido da Defensoria Pública e do Ministério Público, justiça suspende comercialização de novos planos da Unilife Saúde

Denúncias de consumidores a órgãos de defesa do consumidor apontam deficiência nos serviços prestados pelo plano desde agosto deste ano. Situação prejudica aproximadamente 17 mil usuários do plano no Município de Maceió

 

  

Após ação ajuizada pelos Núcleos de Direitos Coletivos e Humanos e do Consumidor da Defensoria Pública do Estado de Alagoas e a Promotoria Coletiva de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Alagoas, o juiz da 8ª Vara Cível da Capital, Henrique Góes de Barros Teixeira, proibiu a empresa Unilife Saúde Ltda. de vender novos planos de saúde ou aceitar novos membros através da portabilidade enquanto não comprovar que sua rede médico/laboratorial/hospitalar no Estado de Alagoas já está funcionando em plena normalidade e adaptada às demandas dos seus usuários consumidores.

 

Decisão, proferida na sexta-feira (11), fixa o prazo de cinco dias para o Plano de Saúde tomar providências para comprovação da reativação parcial de sua rede credenciada (hospitais, clínicas e laboratórios), os quais contemplem os serviços mais urgentes e procurados, nas áreas de cardiologia, oncologia, nefrologia, obstetrícia, neurologia, cirurgia geral, clínica geral, além de todas as espécies de urgência e emergência, sob pena de incidência de multa diária de R$ 2.000,00. No que diz respeito à prestação de assistência aos consumidores do plano, foi determinado que a operadora mantenha a continuidade da prestação de assistência à saúde nos termos já contratados.

 

No último dia 03 de novembro, o Núcleos de Direitos Coletivos e o Núcleo de Direito do Consumidor da Defensoria, através do defensores públicos Daniel Alcoforado e Norma Negrão,  e a Promotoria Coletiva de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Alagoas, representada pelo promotor Max Martins de Oliveira e Silva, ingressaram com ação civil pública pedindo a suspensão da comercialização do plano e providências que garantam a prestação do serviço adequado pela empresa acionada.

A medida foi tomada em razão de inúmeras reclamações de usuários do plano de saúde, que não estariam conseguindo utilizar os serviços do plano, a exemplo de marcações de consultas e exames, realização de procedimentos médicos; internações; cirurgias; atendimento de urgência e emergência, exames laboratoriais, entre outros. 

 

Segundo denúncias de consumidores, a situação se arrasta desde agosto deste ano, sem previsão para regularização, mesmo após audiência pública promovida pelo Ministério Público.