Defensoria Pública e Instituto Anis realizaram evento sobre o Zika em Maceió

 

 

Profissionais da saúde e da assistência social reuniram-se, nesta quinta-feira (16), no auditório da Defensoria Pública do Estado, para participar de uma mesa redonda sobre o cenário atual e os desafios a serem enfrentados para garantia da saúde e direitos das famílias afetadas pelas sequelas deixadas pelo Zika Vírus em Alagoas.

 

O encontro, promovido pela Escola Superior da Defensoria Pública do Estado (Esdepeal) e o Instituto de Bioética (Anis), fez parte do evento: “Deu Zika em Maceió”, ocorrido nesta quarta e quinta-feira, e teve com o intuito conscientizar, informar, apresentar dados e chamar atenção dos Gestores Públicos para a questão do Zika.

 

Durante a mesa redonda, que foi dirigida pelo coordenador do Núcleo de Direitos Coletivos e Humanos da Defensoria Pública, Daniel Alcoforado, a representante do Instituto Anis, Sinara Gumieri, expôs o trabalho realizado pela instituição de bioética, bem como os dados colhidos em todo país sobre a epidemia na atualidade.

 

Os participantes puderam conhecer ainda dados atualizados do Estado, durante apresentação da superintendente da Vigilância Sanitária, Cristina Rocha, que mostrou também as principais medidas tomadas pelo Governo do Estado para reduzir os efeitos da epidemia.

 

A coordenadora do Hospital Helvio Auto, Mardjane Nunes, apresentou dados sobre o início da epidemia de Zika em Alagoas e algumas fragilidades no Sistema Único de Saúde, que prejudicaram e prejudicam a oferta de tratamento adequado para quem foi afetado pela síndrome congênita do vírus.

 

Ainda durante o evento, representantes das secretarias Municipal e Estadual  de Saúde e profissionais de diversas áreas da saúde contribuíram com suas experiências e impressões sobre a situação. 

 

Para a diretora do Instituto Anis, Vanessa Canabarro Dios, o evento foi importante, sobretudo, para lembrar a todos da importância de continuar vigilantes. “Precisamos continuar agindo para garantir que não ocorram o mesmo tanto de casos do último ano e também divulgar novos dados sobre o zika. A ciência foi avançando, novas descobertas foram feitas e muitas pessoas ainda não sabem, por exemplo, que o vírus pode ser transmitido por relação sexual, o que exige que a mulher grávida use preservativo durante a gravidez”, explicou.

 

De acordo com o diretor da Esdepeal, Fabrício Leão Souto, 'a Defensoria Pública, por intermédio da sua Escola Superior, posiciona-se como um espaço aberto e atua como agente de fomento desse assunto, a fim de propiciar a apresentação das perspectivas e visões dos diversos atores envolvidos na questão, a fim de iniciar um processo de construção de soluções para o enfrentamento desse sério e imenso desafio. Importante destacar que o tema tem sido conduzido, na Defensoria Pública, pelo defensor Daniel Alcoforado cuja iniciativa foi fundamental, assim como a própria parceria firmada pela Instituição e que deu base a essa cooperação. Esse trabalho prossegue e em breve teremos um evento voltado para os defensores públicos de Alagoas, tão logo seja concluído o relatório com dados específico acerca das iniciativas, descobertas e levantamentos acerca desse problema', destacou o defensor público Diretor da Esdepeal.

 

 

O evento

 

“Deu Zika em Maceió” é o primeiro fruto da parceria entre a Defensoria Pública do Estado e o Instituto de Bioética (Anis). Dividido em dois dias, o evento que foi organizado pela Escola da Defensoria, ampliou e revigorou a discussão sobre o epidemia de Zika em Alagoas, discutindo os  “Desafios e direitos sociais em tempos de zika”, junto aos profissionais da assistência social e líderes comunitários, no primeiro dia. E trouxe representantes da saúde de diversas áreas de atuação para debater sobre “Um ano de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional do Zika: cenário atual e desafios”, em seu segundo dia.

 

Nos próximos meses, a Defensoria Pública pretende realizar um novo evento sobre o tema, dessa vez, voltado aos defensores públicos, para debater os dados apresentados pelo relatório, ainda em finalização, sobre a expedição realizada pelo Instituto Anis em Alagoas e estabelecer novos caminhos de atuação.