Acordo entre Defensoria Pública e SMS busca zerar fila de crianças à espera de cirurgias de baixa complexidade em Maceió

Acordo entre Defensoria Pública e SMS busca zerar fila de crianças à espera de cirurgias de baixa complexidade em Maceió

Teve início no último sábado (10), no Hospital Nossa Senhora da Guia — unidade materno-infantil da Santa Casa de Misericórdia de Maceió —, o mutirão de cirurgias pediátricas que pretende zerar a fila de crianças à espera de procedimentos de baixa complexidade na capital alagoana.

 

As consultas e cirurgias serão realizadas exclusivamente aos sábados, quando a estrutura da unidade e os profissionais de saúde estarão integralmente dedicados ao atendimento das crianças beneficiadas pelo mutirão. Já no primeiro dia de ação, mais de 40 crianças passaram por avaliação médica e saíram com cirurgias agendadas para os dias 17 e 31 de maio.

 

A iniciativa é fruto de um esforço conjunto entre a Defensoria Pública do Estado, a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) e a Santa Casa. “A expectativa é de que, em curto prazo, a fila seja completamente eliminada”, afirma o defensor público Lucas Valença, que acompanha o caso.

 

A mobilização teve início após o Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria identificar, ainda no ano passado, uma fila com mais de 2 mil crianças aguardando por cirurgias eletivas em Alagoas. Diante do cenário, a Instituição convocou representantes do Estado e do Município para discutir soluções, o que resultou na adesão do Município de Maceió à realização do mutirão.

 

Com o avanço da solução na capital, a Defensoria Pública irá ingressar com uma ação judicial para que o Estado de Alagoas também assuma sua responsabilidade no enfrentamento do problema, sobretudo considerando que mais da metade das crianças na fila reside no interior do Estado.

 

No início do mês passado, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAU) chegou a anunciar a retomada das obras do centro cirúrgico do Hospital da Criança. No entanto, uma inspeção realizada pela Defensoria na última semana constatou que os trabalhos seguem paralisados, sem sinais de avanço ou previsão de conclusão.