Defensoria Pública cobra que Prefeitura de Maceió informe quanto e quando destinará verbas do acordo com Braskem ao Fundo de Amparo ao Morador

 

Após a Prefeitura de Maceió se manifestar publicamente afirmando que a ação para a destinação das verbas do acordo com a Braskem ao Fundo de Amparo ao Morador (FAM) seria 'desnecessária, pois o FAM é um programa prioritário idealizado pela atual gestão para atender às vítimas da Braskem e que a alocação de recursos públicos para o referido programa  é compromisso do Município de Maceió', a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) se manifestou no processo nesta terça-feira, 16, e requereu ao juiz a designação de uma audiência com o Município para que este informe quando e quanto pretende alocar no FAM que, passado mais de um ano da sua criação, nada recebeu até hoje.

 

Na petição, os defensores públicos Ricardo Antunes Melro, Lucas Monteiro Valença e Daniel Alcoforado também solicitaram a apreciação do pedido liminar da ação civil pública ingressada no último dia 11 de julho, em que a Instituição requer o repasse integral dos R$ 250 mi correspondentes à quarta parcela do referido acordo para o FAM.

 

O acordo entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem prevê o pagamento de R$ 1,7 bi como indenização ao Município devido ao afundamento do solo em bairros da cidade. No momento da celebração do acordo, o Prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, anunciou a criação do FAM para o qual seria destinada a indenização, com o objetivo de fornecer apoio financeiro às vítimas, entre outras providências. No entanto, até agora, o ente público recebeu R$1,2 bi da mineradora e a conta do fundo não foi sequer criada.