Defensoria Pública realiza vistoria no Hospital Regional de Arapiraca

 

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) realizou uma visita técnica ao Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, localizado em Arapiraca, nesta semana. O objetivo foi apurar denúncias de pacientes sobre a superlotação do hospital e a demora excessiva no atendimento.

 

Durante a visita, a defensora pública Bruna Cavalcante se reuniu com o provedor do hospital, Dr. Denis Moura, e o diretor jurídico, Dr. Tarcísio de Menezes. Na ocasião, a defensora constatou que, de fato, há pacientes aguardando a regulação estadual e/ou municipal para serem direcionados a um leito. Segundo a administração do hospital, a situação dos pacientes nos corredores ocorre porque o hospital é uma 'porta aberta' para todas as urgências clínicas, atendendo pacientes não apenas de Arapiraca, mas também de cerca de 50 municípios alagoanos.

 

Conforme apurado pela Defensora Pública, a situação na unidade se agravou em razão da paralisação do atendimento da maternidade do Hospital CHAMA, o que fez com que alguns hospitais da região, incluindo o Regional, passassem a absorver a demanda que seria do CHAMA.

 

Para a defensora pública, a situação, entretanto, está sob controle. Neste fim de semana, a maternidade do Hospital Regional será transferida para uma nova área do estabelecimento, que foi ampliada e reformada para melhor atender as mães e seus bebês, contando agora com Unidade de Terapia Intensiva - UTI neonatal, Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e Unidade Canguru.

 

'Vi um empenho da nova administração do hospital em prestar um serviço de qualidade aos pacientes, apesar das dificuldades, especialmente orçamentárias e da demora no recebimento dos repasses estaduais. Um hospital cujo público é composto por cerca de 90% de pacientes do SUS precisa de maior atenção do executivo estadual. São 160 leitos, diversos procedimentos complexos, maternidade de alto risco, cirurgias, entre outros, realizados diariamente. Percebe-se a importância do Regional para Arapiraca e demais municípios atendidos, de modo que as dificuldades enfrentadas não podem permanecer', concluiu Bruna Cavalcante.

 

A Defensoria Pública seguirá acompanhando a situação no hospital, a fim de evitar que a situação de lotação se agrave e garantir o tratamento adequado para os cidadãos.