Santana do Ipanema: Defensoria Pública garante, na justiça, fechamento de estabelecimento que funcionava irregularmente durante pandemia

 

Instituição reforça que decreto estadual deve guiar funcionamento dos estabelecimentos, uma vez que foi elaborado com base em critérios científicos e sanitários para a não propagação do SARS-COV-2

 

Acolhendo o recurso interposto pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), o Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJ/AL) determinou o fechamento de um estabelecimento comercial que tem funcionado irregularmente no município de Santana do Ipanema, durante período de pandemia do Coronavírus. O descumprimento da ordem incidirá em multa diária no valor de R$ 2,5 mil.

 

Conforme a determinação, proferida no último dia 29, o estabelecimento poderá voltar a exercer sua atividade somente quando novo decreto estadual autorizar a reabertura dos serviços não essenciais, ainda sem previsão para acontecer. 

 

Em sua decisão, o desembargador relator Fábio José Bittencourt Araújo pontuou que a medida liminar requerida pela DPE/AL se mostra necessária, visto que a interdição do estabelecimento comercial, também por ordem judicial, conferirá maior efetividade ao decreto estadual vigente e, por consequência, diminuirá a propagação do vírus.

 

Recurso

 

De acordo com os autos, inicialmente, o pedido de fechamento do estabelecimento foi negado pelo juízo de primeiro grau, sob alegação de que caberia ao Poder Público a manutenção da fiscalização e a aplicação das penalidades cabíveis em caso de reiterado descumprimento. 

 

Os defensores recorreram da decisão, explicando que o objetivo da ação é de que os comerciantes cumpram as medidas sanitárias impostas, no período imposto pelas autoridades estaduais, com base em critérios científicos e sanitários, de modo a se reduzir a curva de contágio causado pelo SARS-COV-2. 

 

Vale ressaltar que a referida ação está entre os processos ingressados contra oito estabelecimentos comerciais pelos defensores públicos João Augusto Sinhorin e Carina de Oliveira Soares, no último dia 14 de maio, após fiscalizações constatarem o reiterado descumprimento do decreto estadual. 

 

A Defensoria Pública continua acompanhando o andamento dos demais processos, objetivando o cumprimento adequado de todas as medidas indispensáveis para combater a propagação do vírus.