Santana do Ipanema: Em ação civil pública, Defensoria Pública pede que Município adote medidas para atender adequadamente vítimas das chuvas

 

Ação visa, ao mesmo tempo, garantir que sejam tomadas providências para evitar ou reduzir possibilidade de novo desastre 

 

A Defensoria Pública do Estado (DPE/AL) ingressou com ação civil pública contra o Município de Santana do Ipanema, nesta terça-feira, 31, com o objetivo de garantir que o ente público ofereça o acolhimento adequado aos moradores vitimados pelas chuvas, que acometeram o município nos últimos dias, e incorpore ao planejamento municipal medidas de proteção e defesa civil. A ação foi assinada pelos defensores públicos Carina Soares e João Augusto Sinhorin.

 

Como medidas imediatas, o órgão requereu que o Município organize e administre abrigos provisórios, que ofereçam condições apropriadas de higiene e segurança, para a população desabrigada; e realize a coleta e distribuição de suprimentos a quem necessitar. 

 

Além disso, requer que, no prazo de 5 dias promova a avaliação dos danos e prejuízos sofridos pelas áreas atingidas pelo desastre e apresente informações sobre o número de famílias que ficaram em situação de vulnerabilidade social; quantas famílias ficaram desabrigadas; os locais que estão sendo utilizados como abrigos; como está sendo realizada a coleta, distribuição e o controle da alimentação, água, medicamento e produtos básicos de higiene ofertados às vítimas; informações sobre como o Município promoverá a solução de moradia temporária às famílias atingidas; quais as necessidades emergenciais das famílias que não perderam suas casas; e qual o tipo de apoio financeiro a ser prestado para as famílias para reestruturação das casas e garantia de moradia digna.

 

Além disso, a Defensoria solicitou que, em até 30 dias, o Município de Santana do Ipanema adote medidas para evitar que novos desastres aconteçam, como a identificação e mapeamento das áreas de  risco de desastres e a realização de cadastramento das moradias e moradores; a vistoria das edificações e áreas de risco, para adoção de intervenções preventivas, caso seja necessário. 

 

No mesmo prazo, pede que o Município organize e apresente plano de contingência, especificando quais as medidas poderão ser adotadas no caso de novas inundações, com apresentação de prazos, locais e responsáveis pela adoção das mesmas. 

 

A instituição solicita, também, que seja realizado o investimento no trabalho de informação para a população  sobre os locais de risco de ocorrência de eventos extremos, bem como sobre protocolos de prevenção e alerta sobre as ações emergenciais em circunstância de desastres, com implantação de avisos e alertas.