Defensoria se une a instituições para reforçar proteção a mulheres vítimas de violência doméstica em Alagoas

No dia em que a Lei Maria da Penha completa 19 anos, a Defensoria Pública de Alagoas (DPE/AL) firmou um termo de cooperação com instituições do sistema de justiça e segurança pública para reforçar a proteção de mulheres vítimas de violência doméstica. O acordo prevê a criação de um fluxo estadual para monitoramento eletrônico de agressores, com fiscalização, resposta rápida a violações de medidas protetivas, capacitação de equipes e orientação às mulheres sobre seus direitos.

 

A assinatura aconteceu nesta quinta-feira (07), na presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), com representantes da DPE, TJAL, Ministério Público (MPAL), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Secretaria de Estado da Mulher (Semu), Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

 

Para a defensora pública Daniela Times de Sousa, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher, só com atuação conjunta é possível avançar no enfrentamento à violência. “Esse marco exige o comprometimento de todos os órgãos que integram o sistema de justiça e do Estado como um todo. Só assim vamos conseguir proteger essas mulheres e garantir justiça e segurança”, afirmou.

 

O defensor público-geral, Fabrício Leão Souto, destacou o acordo como símbolo do compromisso coletivo com a causa. “A Defensoria assume o compromisso de ampliar o atendimento, promover mutirões e priorizar processos, para que a defesa dos direitos das mulheres seja cada vez mais efetiva”.

 

Assinaram o termo também Lean Antônio Ferreira de Araújo, procurador-geral de Justiça; Fábio José Bittencourt Araújo; presidente do TJ/AL, Marília Almeida de Albuquerque Melo; secretária de Estado da Mulher; Diogo Zeferino do Carmo Teixeira, secretário de Ressocialização, além de representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Secretaria da Segurança Pública, Polícia Civil e Polícia Militar.

 

Defensoria comprova legítima defesa e garante absolvição em caso de Olivença

Um homem acusado de tentativa de homicídio foi absolvido nesta terça-feira (05) após o júri reconhecer que ele agiu para proteger a si e a sua família diante de uma agressão injusta. Durante o julgamento, a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), por meio do defensor público Renan Soares Mação, apresentou provas e depoimentos que demonstraram que a reação do réu foi legítima defesa.

O episódio aconteceu no município de Olivença, em 2021. Segundo a denúncia, o réu teria chamado a suposta vítima para beber em sua casa e, após uma discussão, desferido facadas contra o convidado. Essa versão sustentou a acusação por tentativa de homicídio.

Durante o julgamento, no entanto, a Defensoria apresentou um conjunto de provas e depoimentos que desmontaram essa narrativa. Testemunhas ouvidas em Plenário relataram que, na verdade, a suposta vítima teria invadido a casa do réu, o agredido fisicamente, além de atacar sua companheira e empurrar sua sogra em uma vala de aproximadamente três metros de profundidade. A idosa, que confirmou a agressão em juízo, sofreu uma fratura no fêmur e ficou impossibilitada de andar.

O defensor público exibiu aos jurados imagens, exames médicos e relatos que comprovaram os danos causados à família do acusado, evidenciando que ele reagiu de forma instintiva e proporcional para proteger a si e seus entes queridos. A própria acusação, representada pelo Ministério Público, reconheceu em plenário os elementos que apontavam para a legítima defesa.

Para o defensor público Renan Soares Mação, o resultado representa uma vitória da justiça. "Foi um caso emblemático de legítima defesa, em que conseguimos demonstrar de forma clara que o réu apenas reagiu para proteger sua família diante de uma agressão injusta. A decisão dos jurados reforça a importância do direito de defesa e do papel da Defensoria Pública no Tribunal do Júri”, conclui.

Foto: Reprodução Prefeitura de Arapiraca

Após atuação da DPE, Justiça garante piso salarial a agente de endemias em Arapiraca

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) obteve, na última semana, uma decisão judicial que assegura o pagamento do piso salarial nacional a uma servidora do município de Arapiraca, ocupante do cargo de Agente de Combate às Endemias. A determinação obriga o município a cumprir a Lei Federal nº 13.708/2018 e a Emenda Constitucional nº 120/2022, que estabelecem o piso da categoria.

O caso envolve uma agente que, após sete anos de trabalho em campo, foi diagnosticada com câncer de pele decorrente da exposição solar. Por orientação da própria administração municipal, ela foi readaptada para funções administrativas compatíveis com sua condição de saúde. Apesar disso, o município negou o pagamento do piso salarial sob a alegação de que a servidora não exercia mais atividade externa.

Na ação, a defensora pública Bruna Cavalcante destacou que a legislação não limita o direito ao piso apenas aos profissionais em atividade típica. Ela reforçou que servidores em readaptação funcional têm garantidos a equivalência salarial e a irredutibilidade dos vencimentos. O Judiciário acolheu os argumentos e determinou o pagamento do piso, incluindo progressões funcionais, reflexos no 13º salário, férias e adicional de insalubridade.

A sentença também prevê o pagamento retroativo das diferenças salariais desde maio de 2022, com correção monetária e juros, além dos honorários de sucumbência fixados em 10% sobre o valor da condenação.

Defensoria Pública leva incentivo à leitura, educação e cidadania ao Vergel com o projeto Expresso Leitura

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) realiza, nesta sexta-feira (08), mais uma edição do projeto Expresso Leitura – Livros em Movimento, iniciativa que promove o acesso à leitura, à cultura e à justiça para pessoas em situação de vulnerabilidade. Desta vez, a ação acontece no Ministério Público Comunitário, localizado na Rua Marquês de Pombal, 32, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.

Coordenado pelo defensor público Isaac Vinícius Costa Solto, o evento será realizado em duas etapas. A primeira com uma aula participativa e interativa voltada a estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI Diversidade). Em seguida, os participantes terão acesso aos serviços do programa A Defensoria Vai Até Você, que oferece atendimento jurídico gratuito e personalizado. Durante a ação, serão prestadas orientações sobre direitos, emissão de ofícios para segundas vias de certidões (nascimento, casamento ou óbito), consultas processuais e ajuizamento de ações, fortalecendo a autonomia e a dignidade dos cidadãos atendidos.

Voltado especialmente para estudantes da EJAI, pessoas em situação de rua e demais grupos em vulnerabilidade social, o projeto transforma o espaço público em um ambiente de acolhimento, aprendizado e garantia de direitos. A proposta reforça a leitura como ferramenta de inclusão e empoderamento.

A ação conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, por meio da Biblioteca Central e da coordenação da EJAI, o Movimento Nacional da População de Rua em Alagoas (MNPR/AL), Ministério Público do Estado de Alagoas e da Fiocruz - Colaborador Nacional Pop Rua.

Defensoria Pública compartilha sua missão com estudantes de Direito durante evento da Unima

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) marcou presença, nesta terça-feira (05), no evento “Cidadania e Justiça”, promovido pelo Centro Universitário Maceió (Unima – Afya), que deu início ao semestre 2025.2 do curso de Direito.

Durante a aula inaugural, a subdefensora pública-geral, Thaís Moreira Pimenta, falou diretamente aos estudantes sobre a missão da Defensoria e a importância do compromisso com a justiça social. Ela destacou como o trabalho da instituição transforma vidas, garantindo direitos a quem mais precisa.

“É um privilégio poder conversar com vocês, futuros operadores do Direito, sobre o papel essencial da Defensoria Pública. A nossa atuação faz diferença real na vida das pessoas em situação de vulnerabilidade. Convido todos vocês a conhecerem a Defensoria, a se aproximarem dessa missão e entenderem como ela é essencial para o fortalecimento da democracia”, afirmou Thaís.

O evento também contou com a participação da juíza do TJAL, Carolina Valões, além de professores e coordenadores do curso, reforçando o diálogo entre teoria e prática e mostrando aos alunos que a carreira jurídica pode ser instrumento de transformação social.